Deixe de ser menino, volte a ser criança.
Basta você parar um pouco e prestar atenção no tratado de uma criança com o mundo. Ela não se encobre de ter certeza sobre nada nem que esteja a um palmo a sua frente, e ainda assim atinge uma compreensão que os "adultos" e "esclarecidos" não atingiram. No questionar e observar das coisas mais básicas e banalizadas pelos então tidos e chamados de "gente grande" aprendem brincando e brincam religiosamente com toda energia enquanto estão a discernir tudo, mesmo sem nada sabendo. Para uma criança uma coisa não é apenas "uma coisa", porque tal coisa é transformada e retransformada a partir dela mesma, a criança.
Pode se passar quarenta, cinquenta, sessenta anos. Eu serei sempre o mesmo sujeito adolescente rebelde que teima em se rebelar com a simples natureza enquanto tento me compensar em artifícios que possam me fazer parecer mais "crescido" e me dê uma áurea de entendimento que os menores não entenderam, mas raramente e realmente, amadureça, cresça.
Infelizmente em grande parte dos casos, crescemos e abandonamos tudo que há de melhor e de mais puro nas virtudes de uma criança, e tudo mais que caracteriza uma criança como criança, ficando apenas com a criancice do ser criança, até mesmo quando adultos. É na minha presunção de se achar adulto onde mostro as minhas mais fúteis infantilidades e me dou conta das minhas idiotices de adulto. Da mesma forma que é assustador notar que pessoas antes crianças, agora estando adultas são totalmente infantis e bobas como seres existentes. Esses também abandonaram a essência de uma criança e guardaram como prioridade o que era os resíduos deixados pela sua criação ou imposições próprias que são feitas durante esse crescimento que dificilmente cresce.
Quando eu era menino fazia coisas de menino, mas agora que sou adulto sei coisas que quando menino não podia entender. Entender e se fazer acessível. Entender e se fazer claro. Entender e se fazer liberto graças ao entendimento. Entendimento esse que liberta a mim de mim mesmo, e sendo assim de qualquer outra coisa também. Principalmente aquilo que me escraviza enquanto me faz pensar ser superior.
Deixe de ser menino, volte a ser criança.
Gabriel Rocha
08.01.17
Pode se passar quarenta, cinquenta, sessenta anos. Eu serei sempre o mesmo sujeito adolescente rebelde que teima em se rebelar com a simples natureza enquanto tento me compensar em artifícios que possam me fazer parecer mais "crescido" e me dê uma áurea de entendimento que os menores não entenderam, mas raramente e realmente, amadureça, cresça.
Infelizmente em grande parte dos casos, crescemos e abandonamos tudo que há de melhor e de mais puro nas virtudes de uma criança, e tudo mais que caracteriza uma criança como criança, ficando apenas com a criancice do ser criança, até mesmo quando adultos. É na minha presunção de se achar adulto onde mostro as minhas mais fúteis infantilidades e me dou conta das minhas idiotices de adulto. Da mesma forma que é assustador notar que pessoas antes crianças, agora estando adultas são totalmente infantis e bobas como seres existentes. Esses também abandonaram a essência de uma criança e guardaram como prioridade o que era os resíduos deixados pela sua criação ou imposições próprias que são feitas durante esse crescimento que dificilmente cresce.
Quando eu era menino fazia coisas de menino, mas agora que sou adulto sei coisas que quando menino não podia entender. Entender e se fazer acessível. Entender e se fazer claro. Entender e se fazer liberto graças ao entendimento. Entendimento esse que liberta a mim de mim mesmo, e sendo assim de qualquer outra coisa também. Principalmente aquilo que me escraviza enquanto me faz pensar ser superior.
Deixe de ser menino, volte a ser criança.
Gabriel Rocha
08.01.17
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