Pequenas Crianças (Poema)

Pequenas Crianças

Pequenas crianças

Brincam com coisas bobas e se perdem no tempo

Eu já cheguei a ser uma dessas, eu me lembro

Coma e brinque

Quanto vale tudo quando até o nada existe?
Hoje mal posso entender o que eu disse

Pequenas crianças

Desenham com as pedras do chão o brilho das estrelas

Me mostre onde está o seu orgulho, sua certeza

Se faz nobre no simples

Gesto livre, espontâneo, verdadeiro

A entrega de amar sem ter medo

Pequenas crianças
Estão sozinhas à espera de uma nova companhia

O mundo é mesmo uma grande fantasia

Chore e sorria

Viva o hoje, o amanhã também terá seu dia

Aprecie cada nota de cada sinfonia

Pequenas crianças

Esquecidas, protegidas sem terem bíblias ou terços

Que adormecem nas ruas ou no berço

Rápido como o vento

Eu sei que ainda verei você sonhando e correndo

E você me verá lentamente envelhecendo

Pequenas crianças

Será que os sábios complexados se esqueceram

Da forma original que nasceram?

Pequenas crianças

Filho humano perfeitamente imperfeito

Apenas me ensine a ser desse jeito

“Pequenas Crianças “ - Poema nº2 | Gabriel Rocha | 08.01.17